sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Ó MEU DIVINO PECADO

Ó meu divino pecado,
Como te quero bem tanto;
Prazer endemoninhado,
Vício da terra do espanto.

Digo-te! -, e estás por dizer,
No fundo do poema, onde
Quanto mais te dou a ver,
Mais o poema te esconde.

Não és ódio nem amor,
Não tens culpa ou inocência,
Não és mal, nem bem - nem dor,

Sacra desobediência,
Bicho de sol e fulgor,
Ó pura inconveniência...

Sem comentários:

Enviar um comentário