meus olhos, estes negros olhos físicos,
vêem coisas tais que eu não conhecia
[isto é, não revêem, só, como amnésicos
curados, o que a alma em si já via].
sou o solitário deus encarnado.
minhas veias são as linhas da história.
em meu corpo aguarda o futuro dado.
do mal que me fazem brotará glória.
e, porém, não sei já julgar o mal.
descubro-lhe, nesta humana visão,
algo que me nunca fora real.
sou deus. é-me simples. ser homem não.
nunca sentira a dor por um igual
e aprendo neste corpo a compaixão.
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
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