Este surpreendente braço de água
Que no meu íntimo tem a nascente
É uma via pra fugir de mim: trago-a
Dentro, e nela me escapo e fico ausente.
Este poder de criar transcendência
Não sei se redime ou se é servidão:
Mas toca o pior da existência
E faz dele um modo de perfeição
A minha mão íntima cria Deus
Para me conduzir à beatitude:
A lava que jorra em mim é sagrada.
Esta poesia é um tecer de véus.
Não sei se me liberta, se me ilude:
Vale mais que tudo, e não vale nada.
quarta-feira, 22 de abril de 2009
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