o anjo que mais longe ambicionou
e conquistou a própria orfandade
eu sou: e sou tormento no que sou,
eu: a exuberante infelicidade
nada de quanto fiz é quanto quis,
em nada meu sonho é o meu destino:
minha raiva é tristeza e ninguém diz
onde se diz furor e desatino
onde se diz o mal que eu causo e faço
e se diz da rebelião total
de anjo que se liberta e se cai
ninguém diz de mim a lâmina de aço
que me tortura e é o mal do mal:
todo eu ser tão livre: eu ser tão sem pai.
terça-feira, 21 de abril de 2009
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