Olha a mim:
Mas olha-me com a infalível finura do perigo,
se não eu não te vejo:
Se não, eu mais não te vejo mais do que pensar-te muito,
Que é ver-te quase mesmo, mas sem te ver mesmo.
Olha-me num olhar que não repita nenhum outro,
Que me sobressalte e, depois,
Dá-me só um inócuo minúsculo franzir de tempo
Para que eu serene fundo
(Ah, és tu),
Antes de iniciar esta alegria sem nome
(Chamemos-lhe, pois, alegria),
Esta outra entoação da alma, esta emanação da alma:
Ah, és tu!,
Que ocorre ao devolver-te
O meu olhar no teu olhar.
quinta-feira, 30 de julho de 2009
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