O teu cheiro subtilmente se desloca.
Antecipa-te,
É um cheiro que tem pele,
Traz consigo, à tua frente,
Os teus inúmeros sentidos todos
(Para me procurar assim, para me encontrar sempre,
Deste modo).
Na sua intensidade se entalha,
Porém,
Irónica e maguosamente,
A ausência de ti: o teu cheiro não impregna a casa,
Não está guardado em recantos ou em objectos,
Como se fosse o segredo deles
(Paradoxalmente, porém, à sua superfície).
Visita-me.
E cansa-se, e vai-se.
Este cheiro é um fantasma: o teu fantasma.
Nunca sei onde o procurar.
Ele encontra-me.
domingo, 2 de maio de 2010
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