Esperava-te
Pequeno adulto que sou
Vindo do longínquo pretérito país de mim sem ter
Chegado a crescer nunca
Pequeno desajeitado de corpo
Que ainda entorna a chávena sem querer
Empurra ainda sem querer as pessoas e os pombos
Magoa sem querer
Destrói queira ou não queira
Esperava-te
Pequeno adulto com alumbramentos infantis
Ainda
Esperava-te
Só para me deslumbrar uma derradeira vez talvez
Perante o gesto surpresa com que
No lume apagado
Despertas novamente a chama
sábado, 1 de janeiro de 2011
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